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Mensagens do blog por DIMÍTRIA DE FARIA COUTINHO

Professora do MS ajuda alunos da EJA a entenderem o mundo com a ciência
Professora do MS ajuda alunos da EJA a entenderem o mundo com a ciência

Ensinar assuntos científicos nem sempre é uma tarefa fácil, e a solução encontrada pela professora Rozilaine Aparecida Corrêa foi adotar a aprendizagem por projetos, unindo mão na massa e troca de experiências, além de incentivar o protagonismo dos estudantes.

Um desses projetos, desenvolvido com as turmas de 3ª e 4ª fases da EJA na Escola Municipal Cívico-Militar Professor Adenocre Alexandre de Morais, em Costa Rica (MS), foi um dos escolhidos dentre as experiências exitosas selecionadas pelo programa de formação docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) no âmbito do Pacto EJA.

Durante 12 aulas, a professora de Ciências trabalhou temas de três eixos temáticos: células, energia e sustentabilidade. Partindo da premissa de que é possível entender o mundo a partir da ciência, ela adotou metodologias ativas, jogos e atividades práticas e lúdicas para ensinar temas tão complexos para os estudantes.

Células feitas de massinha

Atividades lúdicas, como a criação de células com massa de modelar, foram usadas como estratégias para engajar os alunos. Imagem: Arquivo pessoal.

“O maior desafio da EJA é fazer com que os assuntos sejam relevantes. Os estudantes são trabalhadores que chegam cansados à sala de aula, então precisa haver essa relevância. E a professora Rozi fez com eles entendessem células, fontes de energia e o conceito de sustentabilidade como algo para a vida deles”, elogia a diretora Tânia Regina dos Santos Godoy Corrêa.

“Falar de assuntos científicos com pessoas idosas, por exemplo, é complexo, é desafiador. Como fazer isso ser relevante para o aluno? E a Rozi conseguiu levar para a escola um protagonismo em que o aluno experienciou o conteúdo”, completa.

Troca de experiências

Alunos sentados em grupo

Durante todas as etapas do projeto, os estudantes foram incentivados a trabalharem em grupo. Imagem: Arquivo pessoal

Rozilaine comenta que um dos aspectos mais ricos do projeto foi a possibilidade de trocar experiências com os estudantes

“Nós, professores, temos bastante teoria, e eles têm a prática. Então, a gente sempre tenta aliar as duas coisas dentro de sala de aula. Qualquer assunto da área científica eu faço um levantamento do que eles já sabem. Se não levar em consideração a realidade deles, o ensino não faz sentido”, comenta.

A professora dá um exemplo: em uma das aulas em que trabalhou o tema das fontes de energia renováveis, ela acabou aprendendo com a bagagem dos alunos vindos de outras regiões do Brasil. “Quando fomos trabalhar energia eólica, eu sei na teoria. Mas eu sou aqui do interior, eu nunca vi uma usina eólica. E tem alunos que vieram do Nordeste e conhecem, então eles contaram para mim e para a turma como é. Eles se empolgam, e eu também, porque eu aprendo com eles”, relata.

Com os projetos, a troca de experiências ultrapassa os muros da sala de aula e atinge também os demais estudantes da escola - crianças e adolescentes que frequentam o ensino regular. Rozilaine conta que os projetos desenvolvidos na EJA sempre ficam expostos em murais na escola, além de serem divulgados nas redes sociais.

Outra troca bastante rica acontece em eventos, como as feiras de ciências, nos quais todos os estudantes - da EJA ou não - participam. Tudo isso ajuda a manter o engajamento dos alunos, garantem as educadoras.

“O aluno da EJA precisa de estímulos a mais, por conta do cansaço. E os projetos têm começo, meio e fim, então gera aquela sensação de: ‘Terminamos essa etapa, ficou bacana, vamos para a próxima’. Se você fica com o currículo engessado, um bimestre atrás do outro, gera desânimo”, afirma Tânia.

Saiba mais

A experiência desenvolvida pela professora Rozilaine foi exposta em transmissão ao vivo na conta do Instagram do programa de formação da UFPB no âmbito do Pacto EJA, e pode ser conferida na íntegra no perfil @pactoeja.


  
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