Na última quarta-feira (10), o Ministério da Educação realizou um seminário nacional para celebrar o 1º ano do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA).
O encontro aconteceu em Brasília, e reforçou o compromisso do MEC e de representantes da sociedade civil com a superação do analfabetismo. O programa de formação educadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi representado pelo Prof. Dr. Timothy Ireland, coordenador da Cátedra UNESCO de EJA.
"Temos um longo caminho pela frente, todos nós sabemos disso. Temos aqui no palco quem oferta, quem precisa melhorar a oferta, quem fiscaliza, quem faz cumprir, quem faz incidência na ponta, quem ajuda a produzir material. Sabemos os desafios de 2.400 municípios que não ofertam uma única vaga de EJA [educação de jovens e adultos]. Dos 1.090 territórios que não têm vagas, seja nas redes municipal, estadual ou federal. Mas a gente não aceita isso, somos um governo que trabalhou para que oferta da EJA fosse atrativa", defendeu a secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do MEC, Zara Figueiredo, durante o evento.
No seminário, o MEC lançou, em parceria com a UNESCO, um estudo sobre os impactos econômicos da EJA no Brasil. Além disso, os novos Cadernos EJA para o Ensino Médio foram lançados.
Impacto da EJA na economia
De acordo com o estudo, a alfabetização de jovens e adultos representa um ganho de 16,3% na renda média de estudantes entre 18 e 60 anos. Para os que têm entre 46 e 60 anos, o impacto é ainda maior, de 23,3%
Já para aqueles que concluíram os anos finais do Ensino Fundamental na EJA, a renda média é 4,6% maior em relação aos que finalizaram apenas os anos iniciais. Para quem tem entre 26 e 35 anos, essa alta é mais expressiva, de 14,9%.
Na etapa do Ensino Médio, os concluintes elevaram sua renda em 6%, em comparação com aqueles que pararam os estudos no Ensino Fundamental.
"Uma das importâncias desse estudo é identificar que jovens e adultos que completam a alfabetização, o ensino fundamental e o médio na EJA têm acesso a ocupações de maior qualidade, proteção social e renda. O aumento de renda para quem volta a estudar é sempre importante, porque mais renda proporciona melhora na qualidade de vida. Mas o aumento da formalidade também é muito relevante, já que traz consigo a proteção social", afirmou Fabiana de Felício, economista responsável pela pesquisa.
Com informações do MEC